Angústia.

13/05/2013 18:10

Humanos morrendo de fome. Terrorismos sem justificavas, e as vítimas, todas sempre inocentes. Violência, que só aumenta, devido à impunidade que a alimenta. Coisas banais que dilaceram o meu coração, rasgando o meu peito, e, fazendo-me chorar.

A minha angústia é latente, deixa-me descrente.

Em quem confiar?

O Nordeste adusto, seca malvada, que sucumbe a vida.

Índios sem terra, com a identidade violada. Outros, em uma vida inadequada, feridas sociais abertas, que não fecham. Outros, vítimas do analfabetismo, com a dignidade arranhada, vergonha nossa de cada dia. Coisas que me angustiam, viver à revelia, buscando um lugar ao sol.

O sol nasce para todos, mas a ganância extrema, também me angustia.

Minha angústia é a corrupção, que rouba o pão que alimentaria a Nação.

A condição do professor, sem o devido valor, é o bode expiatório de uma conjuntura que o leva a loucura, deixando-lhe angustiado.

Ver o Ter superar o Ser, é angustiante. Vivemos de aparência, esquecemos a essência, e adoecemos a alma!

Árvores ao chão, biodiversidade ameaçada, má condição ambiental, que me assusta, causa-me angústia. Angústia em ver a Terra ameaçada, o homo sapiens demente.

O que será daqui para frente?

 

Adenildo Bezerra, professor e membro da ALAC.